Lembro que um dia foi assim....

GIST - O futuro só no começo.
GIST - Gastro Intestinal Stromal Tumor. ou “Tumor Estromal Gastrintestinal (GIST)
(Esse foi o malígno que separou a nossa mãe da gente).

O tratamento do Gist está só começando, o futuro trará aos pacientes novas drogas que se não levarão a cura, ao menos propiciarão o controlee da progressão da doença.
E falando em Gist, lembro que no dia em que o Dr. Sagae chamou a família para conversar e lá fomos no escritório dele no início da noite. Eu, o Pai, o Uziel e a Ana. Que dia terrível
O coração estava pela boca. Que medo, Que insegurança.. O que falar, como ouvir aquilo que não queríamos ouvir.. e ao mesmo tempo faríamos tudo que fosse possível para ajudá-la a mãe a se curar..
Estava o Sr. Sagae com a escrivaninha cheia de livros uns fechados outros abertos, Raio X expostos nas lâmpada, enfim ele estava estudando o GIST.
Recebeu a família com o maior carinho, conversou sobre as possibilidades que existia para que a mãe viesse a ser liberta, mas com esperança bem pequena.
Ele tambem sentia dificuldade em falar, mas colocou a todos que os orientais falam a doença para a família e que se fosse com a mãe dele ele falaria, mas repetiu mas essa é a cultura nossa. Se a familia não quiser falar não fale.
O pai ficou calado de braços cruzados ouvindo atentamente, o Uziel questionava mas nem sabia o que falar.
Foi então que o médico disse que eram quatro as cpossibilidades;
1- Cirugia - fazendo a cirurgia a chance de vida era de cinco por cento.
e disse mesmo com a decisão da família em optar por fazer a cirurgia , quem tinha que decidir realmente era a mãe.
2 - Continuar o tratmento no hospital sem a cirugia (tipo até onde a mãe aguentaria).
3 - Levar pra casa e tomar os medicamentos normais (tipo até onde a mãe aguentaria).
4 - Entregar nas Mãos de Deus.
Disse que se a família quisesse tirar ela dos cuidados daquela equipe poderia fazer sem nenhum problema era a familia quem decidia.. mas enfatizou.. em qualquer outro lugar que levasse a mãe o tratamento seria o mesmo.
O silêncio tomou conta e uma dor profunda abteu cada um de nós.
O Uziel olhou pra mim para o pai e pra Ana e nós com semblante dizendo de jeito nenhum iremos tirar ela daqui.. Então o Uziel disse vamos continuar aqui.
O Dr. Sagae disse , não precisam decidir agora, vão pra casa discutem com a família toda e precisamos da opinião da familia o mais rápido possível.
Então eu perguntei a ele que tipo de câncer era do mãe.. Ele disse que era o Stromal, e virou par a pagina do livro e leu o nome inteiro. disse ser um dos mais difíceis de combater, só com a cirugia mesmo e nem sempre com sucesso.
Percebi então o quanto a doença da mãe era grave diante da ciência, e o quanto preocupava os médicos. era um desafio para eles..
Conversamos ali naquela sala nem sei mais o que. Que momento terrível foi aquele e ainda sabendo que a mãe estava internada em dos quartos do hospital naquela cidade.
Despedimos do médico e quando saí la fora e antes de chegar no carro desabei a chorar. Que dor.. Não se tratava de qualquer pessoa era da nossa querida mãe. a pessoa que mais amamos.A ana me abraçou e nem sei lembro o que o Uziel disse. entramos no carro e um silêncio total, apenas ouvia o meu soluço.. Tentei me recuperar porque íamos passar no hospital para ver a mãe. Quando entramos no quarto, não lembro quem estava com ela, e ela disse onde vocês estavam. eu disse estava no consultório do médico ele pediu para conversar com a gente, o que ele queria ela disse. falar como estava o tratamento e da cirurgia, mas só vai ter cirurgia se a senhora quiser.. do contratio não...
Desci foi lá embaixo e liguei pra casa antes que chegassemos juntos e a fala seria do Uziel e as meninas entravam em panico.. mas de qualquer jeito a noticia não era boa....

Isso continua foram dias e dias.. muita tristeza e muitas alegrias também...

Confesso que não resisti a lágrimas aqui enquanto escrevia.....