Rosa

Ontem eu estava o dia todo triste e nem ao certo saberia entender, mas eu me deparei que certa vez conversando com o meu médico ele disse que existe depressão pós menstruação e que poucas mulheres observam isso.. então é isso.. encontrei a resposta; Minhas amigas ficaram preocupadas e logo de manhã veio me procurar para saber se eu estava melhor.. ainda brincou "menos chatinha hehehe". ela sentou na cadeira na minha frente e começei a falar de que tudo passa, nada é para sempre. De fala em fala, dise a ela que sou extrovertida bruxatida, ouço mais do que falo. E falei de algumas experiências familiares e profissional e de meu controle sobre a emoção. Empolgada já falava de minha querida mãe, lembrei de algumas cenas e começei a descrever pra ela. que a escutava atentamente.
Lembro que em um sábado com intenso frio, estava sozinha com a mãe no quarto do hospital , ainda na fase da biópsia, que foram três meses naquela cama gelada e a barriga aberta, não podia colcoar nada na boca. e eu partia por dentro de dó em ver aquela situação. Sabendo que ela não podia engolir nada porque vazava o tempo todo, não sei de onde saia tanto líquido escuro. Então fui no mercado e comprei algums fatias de salame e dei um pedaço pra ela e disse mãe mastiga e engole só o caldinho e assim ela fez.. E ela mastigava com tanto gosto que queria engolir. tudo depois que ela sugou be, coloccou na minha mão o bagaço e pediu água. mas não podia beber.. e ela dizia estou com a sede da morte por favor me de água eu molhava o algodão e colocava na boca dela. mas não era o suficiente..
Eu disse mãe se a senhora beber água vai vazar tudo e vai demorar para fechar... a cirurgia. E vendo a angústia dela. clamei a Deus e disse - então vou te dar mas é só um golinho e depois a gente se ve vaza.. coloquei o canudinho na boca dela e quem disse de ela deixar tirar. foram os goles de água mais saborosos que ja presenciei na minha vida.. Tirei o canudinho da boca dela e disse agora vamos esperar um pouco para ver se vazou... Passados uns minutinhos descobri para ver e nada tinha vazado... e disse mãe não vazou nada.. e ficamos muito felizes. apertei a mão dela e a beijei e ela sorria fizemos um barulho de alegria e ela clamava a Deus- passou um tempo e ela pediu água novamente e dei sem medo, porque sei que Deus estava operando naquele momento e foi como se presenciasse um milagre acontecendo,, sei ao todo foi uma garrafa de água mineral.. Falei para a enfermeira e ela disse que não podia dar agua ainda mais mineral.. mas eu e a mãe e Deus sabíamos que estava tudo bem.
A tarde o Dr. Sagae entrou no quarto e a primeira coisa que contei pra ele foi que a mãe tinha bebido água e não vazou nada. Lembro bem da cena ele arregalou os olhos e disse "Se continuar assim nos próximos tres dias ela tvai pra casa".
E daí pra frente foi só Benção a cada visita eles admiravam a rapidez do fechamento da cirugia. Um dia a enfermeira Ana tava fazendo curativo e ficou encantada de ver como estava fechando e não se conteve foi chamar as outras para ver.. como aquela enfermeira tratava bem a mãe era lindo de ver,,, depois que terminou ela beijou a mãe e a mãe ficou toda feliz já estava quase boa para ir para casa.... Eu sinto constantemente que aquela água foi o verdadeiro milagre. e na semana seguinte que, era meados de setembro de 2002 , estávamos em casa foram tres meses , meados de junho a meados de setembro de 2002 e voltava ao médico apenas consultas periódicas. Em janeiro de 2004 ficou uma seman internada foram feitos exames e os médicos disseram que não podiam fazer a cirurgia porque apresentava uma mancha no pâncrea, lembro que foi eu e a Elze conversar com a equipe médica. Foi doloroso.