sábado, 3 de julho de 2010

Observe a sua respiração.


O que se mexe mais quando você respira: o peito ou a barriga?
Se é a barriga, ótimo! Quer dizer que você está respirando fundo, levando ar novo a todos os minúsculos alvéolos que formam o tecido dos seus pulmões e retirando deles o gás carbônico que precisa ser eliminado.
Mas se é o peito que se mexe, você está respirando só com a parte de cima dos pulmões. A parte de baixo fica lá, estagnada, cheia de ar velho e de resíduos, prontinha para adoecer.
Além disso, é lógico que só entra a metade do oxigênio que deveria entrar. Isso obriga você a respirar em dobro para compensar.
E para que você precisa de oxigênio? Ora, para misturar com carboidratos da comida, por exemplo, e fornecer combustível para as células. Carboidrato sozinho não funciona, oxigênio também não. Mas com uma grande diferença.. a falta de 5% de oxigênio no corpo dá enjôo e tontura, a falta de l0% pode fazer você desmaiar e a falta de 30% mata. O faquir fica 100 dias sem comer, sem respirar ele não fica.
Respirar é ainda mais importante do que comer.
Tanto assim que a gente respira sem querer. Tenta parar para ver como é difícil – Viu?
Pois é: Tudo por causa daquela grande mágica da natureza que é o entra-e-sai. Inspira, entra; expira, sai; os dois movimentos tem a mesmíssima importância. Quando não se deixa sair uma coisa, a outra não pode entrar.
Muitas das eliminações do corpo acontece através da expiração, como por exemplo as toxinas das gorduras super aquecidas que a gente come (leia-se pastel chinês, ou o queijo derretido da pizza) ou cheirinho de alho: não sai nas fezes nem na urina nem na pele, sai no ar.
Agora, temos que enfatizar que a respiração também não é só ar, aí é que está. É energia vital – O Prana dos Hindus, o KI dos Japoneses e o chi dos Chineses, algo que é tão óbvio para os orientais quanto misterioso o ocidente. A ciência sempre perguntou aos seus botões; como é que o corpo se relaciona com a mente? Longe, muito longe, os sábios da Antigüidade respondiam: Pelo Prana, pelo KI...
"Respira fundo!", dizemos a nós mesmos quando queremos coragem. E já notou como a respiração engasga ou fica presa quando vem o medo? Pela respiração a gente conhece o sono de alguém – se é lenta e profunda, a pessoa está calma; se está ofegante, sem ritmo, algo incomoda. O que fazemos quando queremos passar despercebidos? Prendemos a respiração. Quando aguardamos uma resposta importante, também. E, assim que a coisa se resolve, respiramos aliviados. E quando a gente morre de saudades, ou desanima? Suspira – deixa sair ali, expirando, soltando uma coisa que parece estar presa no peito. E quando dá uma boa risada, não é, um monte de ar que sai? Ra Ra Ra Ra Ra, olha só como a barriga encolhe na gargalhada – ou no choro, já que chorar também é deixar sair, e quanto mais profundo o choro mais a gente expira. (Sabia que a composição química das lágrimas muda conforme a razão do choro?)
HÁ TRÊS ASPECTOS BÁSICO NA RESPIRAÇÃO:
RITMO, PROFUNDIDADE E DURAÇÃO

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